Porquê o Open Source?
Durante a minha vida profissional e pessoal tenho trabalhado como muitos softwares diferentes, com todo o tipo de licenças. Grande parte deles seriam proprietários, de código fechado e\ou comerciais. Então porquê dedicar o meu tempo e aprendizagem “exclusivamente” ao Open Source?
Sem entrar em pormenores sobre as diferenças entre software aberto (open source) e o software livre (free software), são vários os motivos pelos quais o FOSS (Free and Open Source Software) me interessam.
O primeiro é obviamente a liberdade. Ser livre de poder usar o software sob qualquer contexto e para qualquer finalidade, sem estar limitado pelos custos inerentes à aquisição de software e\ou às regras e condições impostas pelo fabricante (como muitos softwares ditos grátis o fazem). O que me permite, por exemplo, familiarizar-me com as suas funcionalidades sem que tenha de recorrer à pirataria, ou, como trabalhador _freelancer, _desenvolver o meu trabalho baseado nas minhas capacidades intelectuais e não nas financeiras.
Em segundo lugar, o aspecto comunitário e colaborativo. O facto do Open Source ser construído por pessoas e para pessoas, onde o objectivo principal é melhorar as suas funcionalidades (e não o aumentar do número de vendas), e em que cada melhoria introduzida por um indivíduo ou empresa é posteriormente partilhada para benefício de toda a comunidade, evitando a duplicação de esforços e o “reinventar a roda”. Isto é feito, em parte, através de muito trabalho voluntário e da constante partilha de conhecimentos, quer por parte dos programadores, quer dos utilizadores. Assim, juntos, todos evoluem ao mesmo tempo que o próprio software. Para além disso, todos podem colaborar de alguma forma, seja produzindo código, escrevendo e preparando documentação de apoio, traduzindo-os para outros idiomas ou simplesmente reportando_ bugs_.
Por fim, os “custos”. A adopção de sofware open source por parte de empresas (incluindo as públicas), permite focar os seus investimentos na formação dos seus recursos humanos e no eventual (e desejável) patrocínio na criação de novas funcionalidades que realmente necessitem, normalmente por uma porção reduzida do que gastariam na aquisição de software comercial (que geralmente “obriga” à compra de funcionalidades que podemos nunca vir a usar).